SALVADOR TEM 3.200 MORADORES DE RUA

Segundo levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps), em Salvador existem 3.200 pessoas em situações de rua. Um desses moradores é Arivaldo Santos, que vive há quase quatro anos debaixo de uma ponte, após o viaduto da Brasilgás, na BR-324, sentido Salvador.

O ex-marceneiro Arivaldo estava fazendo o almoço, um feijão na panela, no momento em que a reportagem de Tribuna esteve no local. “Aqui eu faço no improviso, moro sozinho, apesar de ter algumas cadeiras e um colchão de casal. Tenho até banheiro. Mas quero sair dessa vida”, disse.

Segundo ele, o motivo de estar morando nas ruas foi porque se separou da mulher. Ele fala com saudade das duas filhas. “Elas moram em Plataforma e já faz algum tempo que não as vejo. Meu sonho é ver novamente minhas filhas”.

O atendimento por parte da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza para quem está nas ruas acontece inicialmente através de assistentes sociais e tem como objetivo diagnosticar a situação de cada indivíduo, com vistas à prevenção de ameaças e violações de direitos.

“Para que ajudemos os moradores de rua a mudar de vida é essencial que eles aceitem ser ajudados. Caso haja aceitação no atendimento, o indivíduo será encaminhado para abrigamento e direcionamento aos atendimentos necessários, a exemplo de centros de recuperação, Caps”, explica Maurício Trindade.

Ele anuncia como prioridade a construção de 10 Casas de Passagem, com 50 vagas cada, para moradores de rua até que retornem para seus lares; 19 Abrigos Institucionais, com 50 pessoas por unidade e, finalmente, cinco Repúblicas, com dez moradores por unidade.

Segundo o secretário, a verba necessária para a construção dessas 34 unidades foi garantida na segunda-feira (14/1), em Brasília, junto ao Ministério do Desenvolvimento Social

IG