O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta terça-feira que
é preciso 'construir uma alternativa' para estabelecer um novo piso
nacional de salários para o magistério. Durante palestra no Encontro
Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília, Mercadante
afirmou que 'há problemas na forma como a lei foi aprovada'.
'É muito importante que nós tenhamos um piso que seja compatível com a
capacidade de pagamento dos governos municipais e estaduais', disse aos
novos gestores. 'Na minha avaliação, uma lei tanto será melhor se for
pactuada entre governantes e professores. Ela, como está, ao longo dos
anos, tensiona as contas'.
No início deste ano, o MEC anunciou que todos os professores da rede
pública receberão, no mínimo, R$ 1.567, para uma jornada de 40 horas
semanais. Atualmente, a menor remuneração dos professores é de R$ 1.451.
A regulamentação do piso do magistério foi aprovada pelo Congresso sob
críticas de que poderia quebrar os governos municipais e estaduais.
Segundo Mercadante, há um entendimento entre associações de professores
e de secretários de Educação para modificar a legislação. Para tanto, é
preciso que os parlamentares aprovem um novo projeto.
Entenda como é feito o cálculo
Desde 2009, por lei, o reajuste do piso salarial é feito anualmente em janeiro seguindo como indicador o Fundeb. O fundo reúne recursos provenientes de tributos e da complementação da União, que são repassados aos governos municipais e estaduais.
Desde 2009, por lei, o reajuste do piso salarial é feito anualmente em janeiro seguindo como indicador o Fundeb. O fundo reúne recursos provenientes de tributos e da complementação da União, que são repassados aos governos municipais e estaduais.
Durante o ano vigente, o valor mínimo anual investido pelo fundo por
aluno da educação básica é calculado com base em estimativas de
arrecadação. A variação desse valor impacta na variação do salário dos
professores.
Para o ano de 2012, a estimativa do custo por aluno era de R$ 2.096,68,
o que representaria um aumento de 21,2% em relação ao valor final de
2011 (R$ 1.729,28). Assim, o reajuste estimado do piso salarial era
maior do que o que de fato aconteceu.
Porém, em 28 de dezembro de 2012, o governo revisou o valor para baixo
(R$ 1.867,15) porque as estimativas de receita não se concretizaram. A
variação do valor por aluno entre 2011 e 2012, então, foi de 7,97%.
G1
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