Depois de
pregar a independência entre os poderes em seu discurso na abertura dos
trabalhos legislativos do Congresso Nacional na tarde desta
segunda-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
Joaquim Barbosa, disse que sua presença na cerimônia não significa uma
tentativa de pacificar a relação com o Legislativo. "É o funcionamento
dos três poderes. Na sexta-feira teve a abertura do ano Judiciário, com
presença de representantes de outros poderes. Mais do que natural que o
presidente de um dos poderes esteja presente e represente o Judiciário
na cerimônia", disse ao sair do Plenário da Câmara dos Deputados.
Barbosa
afirmou que deve liberar os votos em relação a cada um dos réus do
julgamento do mensalão ainda esta semana, mas afirmou não haver previsão
para a publicação do acórdão (íntegra da decisão), já que isso depende
da liberação dos votos dos demais ministros. Afirmando sempre manter um
discurso conciliador e curto, Joaquim Barbosa deixou o Congresso
sorridente, acompanhado dos presidentes da Câmara e do Senado, Henrique
Eduardo Alves e Renan Calheiros.
O presidente do STF comentou,
ainda, não haver previsão para o julgamento da denúncia contra
Calheiros. No dia 26 de janeiro, o procurador-geral da República,
Roberto Gurgel encaminhou acusação contra o senador, segundo a qual ele
usou notas frias. "Qualquer ação penal criminal passa por ritos que não
podem ser desobedecidos. Então não há perspectiva de julgamento nesses
dois próximos meses", explicou Barbosa.
fonte: Estadão
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