Um samurai era encarregado da segurança pessoal
do soberano. Um dia alguém foi mais esperto do que ele, e o soberano
foi assassinado.
Durante muito tempo o samurai perseguiu o assassino. Depois de
oito anos, viu-se frente a frente com ele. No momento em que ia
matá-lo, o assassino – desesperado – cuspiu em seu rosto.
O samurai colocou a espada na bainha, deu meia-volta e voltou para sua terra.
“A perseguição e o combate faziam parte do meu código de honra”,
disse o samurai, quando lhe perguntaram o motivo de seu gesto. “Quando
aquele homem cuspiu no meu rosto, passei a odiá-lo. Então, se o
matasse, seria por causa do meu ódio, e não pela honra de meu
soberano. Um guerreiro jamais é escravo do seu ódio”.
Paulo coelho
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