Hospitais, clínicas, consultórios e laboratórios que integram a rede
de prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS) em Ilhéus
ameaçam suspender o atendimento por tempo indeterminado. A paralisação
se deve ao atraso de três meses no pagamento pelos serviços prestados a
pacientes do SUS e é visto como forma de pressão para que a Secretaria
de Saúde de Ilhéus a quitar a pendenga.
Prestadores de serviço e usuários participaram da reunião do Conselho
de Saúde de Ilhéus, na noite de terça, 26, com a presença da secretária
de Saúde, Ledívia Espinheira. O encontro foi tenso. O município ainda
não informa quando pretende pagar os atrasados.
O governo atual
atrasou os repasses de dezembro e janeiro. “Há um clima de quase
insolvência”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde
de Itabuna e Região (Sintesi), Raimundo Santana, ao lamentar o quadro
em Ilhéus e até suscitar a possibilidade de perda da gestão plena da
saúde devido aos atrasos.
Dirigentes de clínicas, laboratórios, hospitais e consultórios
decidem até amanhã, sexta, 1º, quando devem suspender o atendimento. Há,
ainda, a possibilidade de dar mais um prazo – curto – para que o
município sinalize quando e como pretende quitar as pendências.
Os atrasos teriam ocorrido porque a nova gestão ilheense demitiu todo
o quadro de funcionários do financeiro, afetando a operacionalização
dos pagamentos.